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Sábado, 19 de julho de 2003, 14h03 
Manoel Carlos peca na relação de Raquel e Marcos
 
Renata Petrocelli
 
Globo/Divulgação
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A imensa gama de assuntos "palpitantes" é um dos maiores trunfos de Mulheres Apaixonadas. Com a habilidade de um maestro em frente a uma grande orquestra, o autor Manoel Carlos vai conduzindo a história como quem acentua uma nota aqui, dá um meio-tom ali ou põe todo o naipe para trabalhar logo à frente.

A audiência vem reagindo à altura. Com índices sempre acima dos 45 pontos, a novela já deu vários picos de mais de 50. E, com tantos temas polêmicos, não falta material para segurar os índices até o final da trama. O problema é exatamente o contrário.

Enquanto a maioria das novelas atravessa no meio do caminho a fase da célebre "barriga", Mulheres Apaixonadas tem tantos ganchos que o autor vai deixando muitos deles para depois. Ou desenvolve outros sem o cuidado, a atenção ou o tempo que mereceriam. Um dos melhores exemplos é a relação entre Raquel e Marcos, personagens de Helena Ranaldi e Dan Stulbach.

A trama do marido espancador é uma das que mais hipnotizam a atenção do público na novela. Tanto que ganhou muito espaço e foi responsável por alguns dos maiores picos de audiência. Mas às vezes fica difícil entender por que a professora de Educação Física deixou a situação avançar a tal ponto antes de esboçar qualquer reação.

Uma boa explicação seria o amor, a pena, a certeza de que o marido age assim em função de alguma doença ou qualquer outro sentimento que fizesse Raquel não ter coragem, ou vontade, de abandoná-lo. Mas, desde que o personagem de Dan apareceu na trama, a atriz só expressa medo e pavor o tempo inteiro. Não se vê nos olhos de Raquel em relação a Marcos uma só pontinha de carinho ou satisfação ¿ nem romântica, nem masoquista. Pelo contrário, ela parece estar só acuada. A vergonha, ou o medo da repercussão do escândalo no trabalho, pode até explicar a falta de coragem da denúncia à polícia. Mas não, por exemplo, o fato de ela tê-lo deixado voltar a viver em seu apartamento. E isso depois de já ter fugido dele em São Paulo.

Há duas explicações para a falta de coerência numa das tramas mais exploradas da novela. O erro pode ter partido do próprio autor, que não se preocupou em justificar a falta de atitude de uma mulher esclarecida e independente como Raquel diante da violência do marido. Ou, então, o sentimento de Raquel por Marcos estava claro já na sinopse da trama e quem não consegue transmiti-lo é Helena Ranaldi. Sendo um ou outro o caso, esta semana a personagem começou, finalmente, a reagir, impedindo a entrada de Marcos em casa. O que já deve contribuir para dar mais veracidade à história.

Em outros casos, tramas que prometiam muito barulho no início da novela acabaram ficando na figuração. Pelo menos por enquanto. É o que acontece com o "merchandising" social em torno da terceira idade. Desde que Dóris, vivida por Regiane Alves, passou a "dama de companhia" de Estela, personagem de Lavínia Vlasak, a personagem continua dando uns foras nos avós, mas o assunto não é mais motivo de destaque ¿ a não ser pela tentativa de transformar os motoristas de ônibus em vilões.

Estela, por sua vez, é outra que ainda não viveu seu "momento" na conquista de Padre Pedro, personagem de Nicola Siri. A personagem fala muito do amor pelo Padre, fica deprimida toda vez que bebe - o que acontece dia sim, dia também -, tira a roupa quando está bêbada, mas praticamente não contracena com o objeto de seu desejo. E esta é outra história que pode ganhar mais espaço nos próximos capítulos, já que agora ela é voluntária das obras de caridade do Padre e deve passar a conviver mais com ele.

Por outro lado, a Helena da vez nunca ficou tão apagada numa trama do autor. Em meses no ar, o tão falado romance com César, personagem de José Mayer, só rendeu a Christiane Torloni uma cena à altura dos momentos protagonizados pelos demais personagens: o beijo que Helena arrancou do médico em seu consultório na clínica.

Agora, depois de mais de uma semana de "planejamento", ela finalmente vai conseguir uma noite ao lado de César. Se o encontro agradar tanto quanto as surras de Marcos em Raquel ou as loucuras de Heloísa, vivida por Giulia Gam, talvez isso até esquente o papel da protagonista na história.
 

TV Press
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