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Sábado, 12 de julho de 2003, 20h27 
Pânico quer escrachar concorrência na TV
 
André Bernardo
 
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Os integrantes do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, de São Paulo, costumam tirar sarro de tudo e de todos. Dos ouvintes, inclusive, que ligam pedindo música. Por isso mesmo, eles resolveram batizar o programa de Pânico. É assim, acreditam eles, que os ouvintes ficam quando ligam para lá. Mas, de uns dias para cá, quem anda em pânico são eles. Os sete integrantes do grupo - Emílio, Bola, Japa, Ceará, Carioca, Mendigo e Zé Fofinho - estão contando as horas para a estréia na Rede TV! da versão televisiva do programa. Ainda em julho, Pânico na TV entra no ar aos domingos, das 19:30 h às 20:30 h, enfrentando justamente o Domingão do Faustão, da Globo, e o Domingo Legal, do SBT, os dois "pesos-pesados" da disputa dominical. "Não queremos brigar com a concorrência e sim brincar com ela. Afinal, a proposta é fazer escracho da própria tevê. Eles é que têm de ficar preocupados com a gente", acredita, modesto, o diretor Pedro Henrique Peixoto.

De fato, Pânico na TV não livra a cara de ninguém. Todo o domingo, os integrantes da trupe vão escolher um programa qualquer para satirizar. Qualquer semelhança com TV Pirata e Casseta & Planeta, Urgente!, reconhece Pedro, não é mera coincidência. Os próprios humoristas admitem essas e outras influências, como a do grupo inglês Monty Python, famoso pelo humor ácido e iconoclasta, e a do programa Saturday Night Live, que revelou diversos humoristas como Eddie Murphy, Chevy Chase e Billy Crystal. "Não podemos nunca fugir da ousadia. Sem ousadia, ninguém faz humor. Se for para ficar com melindres, é preferível fazer outra coisa da vida", observa o diretor.

Mas "ficar com melindres" não é bem uma das características do grupo. Na versão televisiva do Pânico, Emílio Surita e Marcos Chiesa, o Bola, vão comandar o programa ao vivo e com platéia. Para quem não lembra, os dois já emprestaram o escracho e a irreverência ao Caldeirão do Huck, da Globo. Já os demais integrantes vão se revezar entre quadros fixos e reportagens de rua. Entre os esquetes de humor, alguns que já fazem sucesso na Jovem Pan, como o do Carlos Caramujo, um repórter meio surdo, e o do Zé Fofinho, um trintão virgem. "O Pânico é um programa muito natural, não tem armação. Claro que uma coisa e outra é combinada, mas ninguém segue um script. A gente liga o microfone e o que acontecer, aconteceu!", garante Bola.

Para Pedro Henrique, a interação com o telespectador vai ser fundamental para o sucesso do Pânico na TV. "Se o público na tevê interagir tanto quanto o da rádio, o programa vai decolar", acredita. Atualmente, Pânico é um dos líderes de audiência da Jovem Pan, com um público estimado em 20 milhões de ouvintes em todo o Brasil. E pensar que tudo começou com a proposta de fazer um programa "sério", nos moldes do extinto Programa Livre, do SBT. Não demorou para Emílio Surita, um dos fundadores do grupo, perceber que o público-alvo não estava lá muito interessado em discutir temas sociais, como sexo na adolescência e evasão escolar, por exemplo. "A molecada estava mais interessada era em ganhar boné e camiseta da rádio", entrega Emílio.

Muito antes de enveredar pelo rádio, Emílio Surita pensou em ganhar a vida como advogado. Chegou a concluir a faculdade de Direito, mas não prestou exame para a OAB. Em 1983, ele foi visitar um amigo que trabalhava na Rádio Bandeirantes e acabou fazendo um teste para locutor. No ano em que o Pânico completa uma década de existência, Surita atribui ao estilo leve e informal a longevidade do programa. "A molecada gosta porque tratamos o ouvinte sem falsidade. Eles estavam cansados de ligar para a rádio e ouvir o sujeito falar: 'Olá, minha querida, de onde você fala?' No Pânico, a gente esculacha mesmo: 'E aí, mala? O que você manda?' e por aí vai", arrisca.
 

TV Press
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