Divulgação/TV Press |
Denise Del Vecchio está no elenco da novela Bicho do Mato |
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Bicho do Mato perdeu sua linha de conduta. A história, que no início priorizava as cenas tranqüilas do Pantanal e os núcleos mais engraçados no Rio, agora parece desgovernada. É visível que as "mudanças" na trama a aproximam de sua antecessora Prova de Amor, que teve uma satisfatória audiência para a Record - com cenas inspiradas em filmes de ação.
Leia o resumo da novela
Como esse estilo é a referência mais recente de sucesso na emissora, parece que a direção tem enveredado pelo mesmo caminho, com o intuito de alavancar a atual média de 12 pontos com share de 20% da história pantaneira. Cenas como a de Juba - de André Bankoff - perseguindo o bandido Piauí, interpretado por Roberto Bontempo, confirmam a aposta da emissora na adrenalina policial.
Em contrapartida, muitas vezes se tem a impressão de que a novela peca pela falta de direção dos atores. Denise Del Vecchio, por exemplo, que vive a perua Alzira, está absolutamente fora do tom e chega a dar pulinhos, gritos e a dançar em cena sem que o texto lhe exija tais recursos. Isso sem falar das constantes e histéricas gargalhadas de Ruth, a primeira vilã da carreira de Mirian Freeland. Como se não bastasse a entonação "estridente" de alguns personagens, Jonas Bloch, outro ator de destaque, tem mostrado uma interpretação bem aquém de seu talento com o caricato Ramalho, o malvadão da trama supervisionada por Tiago Santiago.
Dentre os acertos, porém, está o interessante e moderninho figurino de alguns personagens, como da Ruth, da Mirian Freeland, bem como a cenografia dos núcleos mais ricos. Em compensação, o figurino dos personagens mais velhos da trama prima pelo mau gosto e exagero. A não ser no núcleo pantaneiro, onde se encontram os maiores acertos da novela, como a Francisca, personagem de Angelina Muniz. Com seu estilo matriarcal, a atriz se sobressai entre as indiazinhas da trama. Mesmo assim, a novela parece uma colcha de retalhos com uma costura praticamente inexistente. Com um elenco recheado de atores interessantes, merecia diálogos mais bem amarrados, uma luz mais cuidadosa e, principalmente, uma revisão do diretor Edson Spinello sobre a orientação de alguns atores.
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