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Sábado, 16 de setembro de 2006, 15h00 
"Xica da Silva" comemora dez anos de estréia na TV
 
Diogo de Oliveira
 
Luiza Dantas/Carta Z Notícias/TV Press
Taís Araújo interpretou a escrava Xica da Silva
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Há exatos dez anos, em 17 de setembro de 1996, Xica da Silva estreava na Manchete com a missão de "reerguê-la", após anos de crise financeira e de uma batalha jurídica entre a família Bloch e a empresa IBF pelo controle da emissora - que culminaram na sua extinção quatro anos depois.

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Com um elenco dividido entre novatos e veteranos, a respeitada direção de Walter Avancini e o "harmonioso" texto de Walcyr Carrasco, a novela conseguiu devolver à Manchete seu lugar de prestígio entre as emissoras líderes de audiência. "Foi um trabalho maravilhoso, onde me desenvolvi muito como autor", recorda Walcyr Carrasco.

Repleta de "picantes" cenas de nudez, unidas a uma cuidadosa reconstituição histórica, a novela de Walcyr Carrasco tornou-se um marco da dramaturgia brasileira. Sob o pseudônimo de Adamo Angel, nome que adotou por ser contratado do SBT na época, o autor convenceu o diretor Walter Avancini de comprar a sinopse sobre a saga da inteligente e atrevida escrava Xica da Silva.

A história começa quando o homem mais importante do Brasil no período, o Comendador Felisberto Caldeira D'Abrantes, vivido por Reynaldo Gonzaga, é encarregado pelo Rei de Portugal de administrar a maior mina de diamantes até então encontrada. Ele decide vender a escrava Maria com sua filha, Xica, a um prostíbulo. Vingativa, a jovem rouba toda a fortuna em diamantes do antigo dono e acaba vendida ao Sargento-Mor Tomaz Cabral, personagem de Carlos Alberto.

Com um investimento de aproximadamente R$ 6 milhões, a novela teve várias cenas gravadas em belíssimas localidades da Chapada Diamantina, em Minas Gerais. O primeiro obstáculo de Walter Avancini foi definir quem interpretaria a protagonista da história. O diretor fez testes por todo país, mas a solução estava "bem debaixo de seu nariz". Era Taís Araújo que, aos 17 anos, terminava de gravar Tocaia Grande - novela que antecedeu o folhetim de Walcyr.

"O Avancini foi o responsável por dar o 'start' na minha carreira. É meu grande mestre e até hoje utilizo tudo o que ele me ensinou durante as gravações da novela", exalta a atriz. Na pele da escrava Xica, Taís encantou público e crítica com seu talento e beleza joviais.

Zezé Motta, por sua vez, personificou Maria, a mãe de Xica. O convite, como a própria veterana conta, foi uma homenagem de Avancini à ela - que interpretou a escrava no longa-metragem homônimo de Cacá Diegues, de 1976. No último capítulo, Zezé gravou algumas cenas como a Xica da Silva mais velha - numa menção ao filme. "A novela foi muito importante na minha vida. Pelo menos, não conheço nenhuma atriz que tenha vivido a mãe de uma antiga personagem sua", observa, aos risos. Dentre as principais atuações, destacaram-se Victor Wagner, como o Contratador João Fernandes, que casou-se com Xica, e Drica Moraes, como a vilã Violante.

Exibida entre setembro de 1996 e agosto do ano seguinte, a trama somou 231 capítulos e manteve a média de 18 pontos de audiência. Tal desempenho chamou a atenção do SBT, que a comprou e a reprisou em 2005 - com a média de 15 pontos e picos de 20. O sucesso chegou a incomodar a Globo, que abriu um período de "corrida aos clássicos".

A Band recentemente comprou e reprisou Mandacaru, novela que sucedeu Xica da Silva na Manchete, e a Globo - para evitar maiores perdas - adquiriu a "algoz" Pantanal sucesso de Benedito Ruy Barbosa exibido em 1990 na extinta emissora, que conseguiu, pela primeira vez, "abalar" o domínio da dramaturgia Global. "Mesmo depois de dez anos, não mudaria nenhum detalhe da história", garante o autor Walcyr Carrasco.
 

TV Press
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