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Segunda, 28 de agosto de 2006, 08h08  Atualizada às 17h07
Cartazes de Britney Spears nua invadem metrô de Tóquio
 
Reuters
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O metrô de Tóquio permitiu a exibição de cartazes com a foto de Britney Spears nua e grávida nesta segunda-feira, derrubando a decisão de cobrir parte da imagem, que havia sido considerada "muito estimulante" para os jovens.

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A foto da cantora, nua mas cobrindo seus seios com os braços e com as pernas cruzadas, apareceu na edição de agosto da revista Harper's Bazaar nos EUA, e será a capa da versão japonesa de outubro.

O metrô de Tóquio e os editores haviam inicialmente concordado em mostrar uma versão censurada da foto, com o corpo da estrela coberto do cotovelo para baixo.

Mas o metrô reverteu a medida de cobrir a imagem, dizendo que "a decisão original não era boa".

"É uma imagem forte de uma mulher em atividade", disse Tomoki Ishikawa, estudante universitário de 19 anos, enquanto passava pela estação de metrô Omotesando, em uma região movimentada do centro de Tóquio.

"É retrógrado que o pessoal do metrô pensasse daquele jeito", acrescentou.

Um outro passageiro expressou preocupação pelo bebê ainda não nascido de Spears.

"Está se tornando um mundo absurdo", declarou Tsuyako Egashira, de 83 anos, ao olhar para o pôster da cantora. "Por que uma mulher grávida tem que mostrar sua barriga? Você tem que tomar conta dela", afirmou.

Mas nem todo mundo da faixa etária da idosa concorda com ela. Takuro Shimizu, 78, viajou do subúrbio de Tóquio para o centro, especialmente para tirar fotos dos cartazes. "Acho que isso é bom para o problema da pequena taxa de natalidade", disse. "Não é tão empolgante para mim, já que estou velho", brincou.

A Harper's Bazaar comentou: "Estamos satisfeitos que nossa posição tenha sido aceita."

A baixa taxa de natalidade do Japão está no centro das preocupações públicas, no momento em que o índice de fertilidade caiu para o nível mais baixo da história, atingindo 1,25 em 2005, no mesmo ano que a proporção de idosos na população total tornou-se a maior do mundo.
 

Reuters

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