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A cerimônia, que começará às 17h (21h de Brasília) no auditório Shrine, em Los Angeles, terá poucas surpresas a oferecer nesta 56ª edição dos principais da televisão.

Na categoria drama, o seriado Os Sopranos aspira, pela quinta vez, um prêmio que a crítica e o público consideram mais que merecido, mas que até agora lhe foi negado.

Seu principal rival, o drama político The West Wing, poderia obter sua quinta vitória consecutiva, um recorde apenas alcançado anteriormente por outro clássico, neste caso da categoria comédia, como Frasier.

Em diferentes categorias do gênero da comédia estão títulos tão populares como Sex and the City, Friends e Frasier, as três fora da programação depois de chegarem este ano a seu fim, mas ainda presentes como candidatas.

Junto a elas, outra das principais candidatas e possivelmente ganhadora do Emmy de melhor comédia, Everybody Loves Raymond, anunciou que esta será sua última temporada.

A lista também inclui seu momento de emoção baseado no passado, que poderia acontecer se o ator John Ritter ganhasse o Emmy de melhor ator de comédia.

O prêmio chegaria depois de sua morte, dado o repentino falecimento do protagonista de 8 Simples Rules.

A julgar por esses candidatos, o refrão de "renovar ou morrer" está longe das telas de televisão nos Estados Unidos, onde são poucas as mudanças e ainda menos os que vivem para contá-las.

A crítica culpa essa escassez de novas jóias televisivas ao fenômeno que gerou a chamada, de maneira eufemística, "programação lixo". Um tipo de programação que reúne um número excessivo de concursos e "reality-shows" que roubaram, nos últimos anos, o lugar a qualquer tentativa de renovar uma televisão com atores e textos.

"O impacto dessa programação pode afetar o número de novos seriados que pretendam destacar-se nesses prêmios", afirma Ray Richmond, crítico da revista The Hollywood Reporter.

A essa falta de novos seriados de ficção, tanto em drama como em comédia que atraíam audiência, se soma ao corte historicamente conservador dos prêmios Emmy.

Trata-se dos prêmios concedidos uma vez ao ano pela Academia de Artes e Ciências da Televisão, uma organização com um total de 11.647 membros com direito a voto.

Deles, 42% são de votos de executivos, produtores, roteiristas e atores, que costumam votar no certo.

Apesar desse desanimador panorama, a crítica elogiou por unanimidade as poucas revelações na lista de candidatos.

Entre eles destaca-se a série dramática Joan of Arcadia, elogiada pela crítica como o melhor reflexo das tribulações de uma adolescente desde Claire Danes em My So Called Life.

No entanto, suas possibilidades de vitória parecem nulas inclusive para sua protagonista, Amber Tamblyn, candidata a melhor atriz.

A outra novidade desta temporada televisiva refletida pela Academia de Televisão, Arrested Development, pode ter mais sorte ao contar com uma crítica apaixonada por essa comédia, que se passa entorno de uma família anormal e carente de correção política.

Apesar disso, sua acolhida entre o público não foi tão grande como entre a crítica, e os membros da Academia poderiam apostar pelo certo e conceder a vitória a Everybody Loves Raymond.