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A sensualidade de Sarah Jessica Parker e suas amigas e a malícia da Família Soprano serão os destaques da 56ª cerimônia de entrega dos prêmios Emmy, os Oscars da TV americana, que será celebrada neste domingo no Shrine Auditorium, em Los Angeles.
"Este é o ano da Família Soprano e o ano de acertar as contas com séries e protagonistas", antecipou o especialista Tom O'Neil, fundador do site Goldderby, no qual analistas fazem suas apostas para os grandes prêmios de entretenimento.
Com 20 indicações, a maioria dos especialistas diz que a série de TV vencerá nas categorias melhor série dramática, melhor atriz dramática (para a já superpremiada Eddy Falco) e melhor ator e melhor atriz coadjuvantes de série dramática (para Michael Imperioli e Drea DeMatteo, respectivamente).
"A família mafiosa arrasará em várias das categorias às quais foi indicada, com exceção do chefão Tony Soprano - interpretado por James Gandolfini, indicado a melhor ator dramático - que este ano ficará sem o prêmio", previu O'Neil.
Em termos de número de indicações, as aventuras da família, transmitidas pela HBO, concorrem com a minissérie Angels in America (HBO) - com 21 indicações - e com a popular The West Wing (NBC/Warner), sobre os bastidores da Casa Branca, com 12 indicações.
O ponto alto da noite poderá ser a eventual premiação da sensual Sarah Jessica Parker como melhor atriz de comédia pela interpretação da romântica Carrie Bradshaw na série Sex and the city (HBO/Multishow).
"Finalmente os Emmy reconhecerão a estrela mais sexy", disse esperançoso O'Neil, que custa a crer que depois de cinco indicações, os Oscars da TV americana nunca tenham premiado a atriz, que tornou sua personagem uma referência da moda internacional.
"Desta vez, ela conseguirá", garantiu.
A atriz se tornou um ícone da moda e sua presença atrai uma grande audiência, que durante seis temporadas acompanhou os passos da jornalista nova-iorquina que revela numa coluna semanal suas reflexões sobre o sexo.
As aventuras sexuais da personagem de Parker e suas três amigas - protagonizadas por Kim Cattrall, Cynthia Nixon e Kristin Davis - levaram a um forte debate nos Estados Unidos e no mundo sobre o papel da mulher urbana.
Sucesso parecido teve a Família Soprano, que conta as trapalhadas de uma família de mafiosos de Nova Jersey, com base nas confidências de Tony Soprano à sua psicanalista, a relação com seus funcionários, encarregados de fazer seus negócios sujos, e sua família, formada por uma esposa sempre insatisfeita e seus dois filhos.
Os especialistas prevêem que o prêmio de melhor ator dramático vá este ano para Anthony LaPaglia, de Without a Trace (CBS/Warner), roubando-o de Gandolfini, ganhador desta categoria nos últimos três anos.
Os cotados prêmios de melhor ator e melhor atriz para uma minissérie ou filme deverá ir para Al Pacino e Meryl Streep, respectivamente, por seu papel em Angels in America, um drama sobre a política americana de meados dos anos 80, a Aids e a homossexualidade, prevêem os analistas.
Organizado pela Academia de Artes e Ciências da Televisão, os prêmios Emmy na TV equivalem aos Oscars no cinema.
Nos últimos anos, a cerimônia esteve cercada de vicissitudes. Em 2001, foi suspensa pelos ataques de 11 de setembro e em 2002, pelo início da invasão americana ao Afeganistão.
Finalmente, a festa foi celebrada em 4 de novembro daquele ano, numa cerimônia carregada de patriotismo.
No ano passado, The West Wing - protagonizada por Martin Sheen - foi eleita por quatro anos seguidos como melhor série dramática.
Favorita deste ano na categoria melhor série de comédia, Everybody loves Raymond (CBS/Sony), ganhou quatro dos prêmios que disputou na 55ª edição. Isso se Tony Shaloub e seu engraçadíssimo detetive Monk não tiverem conquistado mais uma vez a simpatia dos jurados.
Este ano, a cerimônia de entrega será de 19 de setembro no Shrine Auditorium, de Los Angeles, com apresentação do humorista Garry Shandling.
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